“Eu digo a vocês: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita.” João 4:35
Refugiados na Etiópia – refugiados da Etiópia
Pesquisando sobre refugiados na Etiópia, percebeu-se no decorrer desta, a existência de um crescendo de refugiados dessa própria nação.
A República Democrática Federal da Etiópia é a segunda nação mais populosa do continente africano e a décima maior em área. A sua capital é Adis Abeba e a língua oficial é o amárico.
O país, localizado no Chifre de África na zona leste de África, faz fronteira com o Sudão e com o Sudão do Sul a oeste, Djibuti e Eritreia a norte, Somália ao leste, e Quênia ao sul. A maioria da população é cristã e quase um terço é muçulmana. Depois da queda da monarquia, a situação económica da Etiópia piorou, transformando-se num dos países mais pobres do mundo.
A Etiópia aparece frequentemente nas piores posições dos relatórios mundiais sobre saúde, fome, nutrição infantil e direitos humanos. Este país faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Africana (UA). A sua capital Adis Abeba também é a sede das instituições da União Africana (UA).
A Etiópia é um dos países mais hospitaleiros da África. Existem cerca de 800 mil refugiados que chegam do Sudão, Somália e Eritreia.
Na Etiópia, o ano dura 13 meses.
Além do ano ter um mês a mais, o calendário etíope está sete anos e oito meses atrás do calendário ocidental, portanto, no dia 12 deste mês teve início o ano de 2014.
Isso porque a Etiópia calcula o ano de nascimento de Jesus Cristo de maneira diferente. Quando a Igreja Católica retificou o seu cálculo no ano 500 d.C., a Igreja Ortodoxa Etíope não fez o mesmo.
Portanto, o Ano Novo para os etíopes cai no dia 11 de setembro ou 12 de setembro em anos bissextos (que tem um dia a mais no calendário).
Qual nação ou nações estão na Etiópia? Por que saíram de seus países?
A Etiópia recebeu um grupo de refugiados sudaneses a partir do ano de 2014, por ocasião de ter sido deflagrada uma guerra civil naquela nação. A nação da Etiópia também recebeu refugiados na nação da Eritreia, embora sejam “inimigos históricos”, eles fogem da ditadura e da repressão. Há milhares de pessoas presas sem acusação formal, os jovens são obrigados a prestar serviço militar. A nação Eritreia é o país africano de onde saem mais refugiados para a Europa. Fogem da ditadura e da repressão.
No ano de 2014, a Etiópia ultrapassou Quênia e se tornou o país com maior população de refugiados na África.
Quais as decisões mais recentes?
No entanto, a Etiópia estava se preparando para fechar um campo de refugiados eritreus e estabelecer milhares deles em outros, já superlotados, apesar dos temores de que tal operação possa torná-los mais vulneráveis ao coronavírus. Os refugiados de Hitsats poderão se reinstalar em outros dois campos ou obter uma permissão para viver e trabalhar de forma independente na Etiópia.
A decisão de fechar Hitsats, que segundo o governo abriga 13.022 refugiados, está parcialmente relacionada aos cortes no orçamento do ACNUR.
Crianças nessa nação:
Os especialistas disseram que um número cada vez maior desses menores usa rotas altamente perigosas. E geralmente estão à mercê de contrabandistas e traficantes para chegar ao destino final, o que justifica um sistema global para mantê-las protegidas de exploração, abusos e morte. As crianças nesta situação representam 28% das vítimas de tráfico humano global.
As irmãs Nyamach e Nyacoang fazem parte de mais de 42.000 crianças refugiadas do Sudão do Sul que estão desacompanhadas de seus pais. Esse é o retrato de muitas crianças que saem de seus países por causa da guerra, da violência, da opressão, ditadura, sistema religioso imposto, tornando-se alvos fáceis para o tráfico humano, que envolve a prostituição, sacrifício humano e transplante de órgãos.
Na Etiópia, a maioria das crianças refugiadas vive com suas famílias, mas um número significativo – mais de 42.000 – não está acompanhado dos pais ou responsáveis. Esta crise de deslocamento tem uma das maiores proporções de famílias chefiadas por crianças no mundo. Mundialmente, o número é de 150.000.
É alarmante os números descritos nesta reportagem, onde crianças precisam desenvolver habilidades que não entendem, não foram ensinadas por seus pais. Essas crianças sofrem todos os tipos de abusos e crescem tendo a percepção de um mundo cruel, não entendendo a figura de Deus-Pai.
Quem está ajudando os refugiados?
A agência da ONU para refugiados – UNHCR – ACNUR está trabalhando 24 horas por dia com autoridades e parceiros para fornecer abrigo de emergência vital, alimentos, água potável e exames de saúde para milhares de mulheres, crianças e homens refugiados.
A igreja tem sido atuante nessa situação tão delicada?
A maioria dos refugiados são muçulmanos, precisam ter um encontro com Jesus, a fim de serem libertos.
Embora tenha pesquisado sobre a intervenção da igreja no auxílio das necessidades essenciais e espirituais dos refugiados na Etiópia, não se tem muitas informações a respeito. Há notícias da ajuda da igreja católica, dos Santos dos Últimos Dias e evangélica.
Etiópia refugiada
A nação que acolheu os refugiados agora se vê em uma situação muito terrível na sua própria nação. Foi deflagrado um combate na região de Tigré, por conta desse combate foi gerada uma crise humanitária em larga escala, milhares de refugiados estão saindo de seus lares, a maioria sem seus pertences, completamente exaustos por estarem caminhando longas distâncias.
“Não sabíamos o que estava acontecendo quando ouvimos os tiros. Muitas pessoas foram mortas – vimos dez, vinte corpos caídos no chão. Foi quando decidimos sair. Andei até minhas pernas ficarem feridas e sangrando. Agradeço a Deus que estamos seguros aqui e temos algo para comer. ”
Gannite.
45.449 refugiados do Tigré da Etiópia que fugiram para o Sudão;
96.000 refugiados da Eritreia hospedados na região de Tigré;
100.000 deslocados internos na região de Tigré antes da crise em curso;
As graves condições de centenas de milhares de pessoas na região ao norte da Etiópia são extremamentes, o país encontra-se isolado pelo apagão das comunicações e fronteiras fechadas. Os que conseguem fugir e chegar ao Sudão relatam massacres e deportações na região. Mais de 58.000 refugiados estão abrigados nas instalações do ACNUR, no território Sudanês, mas precisam de ajudas urgentes.
Há falta de água portável, de comida quente, de roupas, sem falar de banheiros, entretanto há perigo de violência sexual. Há muitas mulheres e crianças sozinhas, sem sua família.
SAMRE, Etiópia – Os combatentes Tigrayan gritaram, assobiaram e apontaram com entusiasmo para uma nuvem de fumaça no céu, onde um avião de carga militar etíope que sobrevoava a vila minutos antes havia sido atingido por um míssil.
A fumaça se transformou em chamas quando a aeronave atingida se partiu em duas e foi arremessada em direção ao solo. Mais tarde, em um campo pedregoso coberto de destroços fumegantes, os aldeões vasculharam metais retorcidos e partes de corpos. Para os lutadores Tigrayan, foi um sinal.
“Em breve vamos vencer”, disse Azeb Desalgne, uma jovem de 20 anos com uma AK-47 no ombro.
A queda do avião em 22 de junho ofereceu evidências de que o conflito na região de Tigray, no norte da Etiópia, estava prestes a sofrer uma virada sísmica. Um exército guerrilheiro de Tigray lutou para expulsar os militares etíopes por oito meses em uma guerra civil marcada por atrocidades e fome. Agora a luta parecia estar girando a favor deles.
A guerra estourou em novembro, quando uma rivalidade entre o primeiro-ministro Abiy Ahmed e os líderes Tigrayan, membros de uma pequena minoria étnica que dominou a Etiópia por grande parte das três décadas anteriores, explodiu em violência.
Desde então, o conflito tem estado em grande parte escondido da vista, obscurecido por blecautes de comunicação e ofuscado pela indignação internacional com a escalada da crise humanitária. Uma cascata de vitórias de Tigrayan que culminou na retomada da capital da região e alterou o curso da guerra.
Vimos como uma força Tigrayan fragmentada venceu um dos maiores exércitos da África pela força das armas, mas também explorando uma onda de fúria popular. Indo para a guerra, os Tigrayans estavam eles próprios divididos, com muitos desconfiados de um partido governante Tigrayan visto como cansado, autoritário e corrupto.
Massacres, limpeza étnica e violência sexual extensa – uniu Tigrayans contra o governo de Abiy, atraindo jovens recrutas altamente motivados para uma causa que agora goza de amplo apoio.
“É como uma enchente”, disse Hailemariam Berhane, um comandante, enquanto vários milhares de rapazes e moças, muitos de jeans e tênis, passavam marchando a caminho de um acampamento para novos recrutas. “Todo mundo está vindo aqui.”
Abiy, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2019 e apostou seu prestígio na campanha de Tigray, minimizou suas perdas. Em um discurso autoconfiante ao Parlamento na terça-feira, de um tipo que uma vez deslumbrou ocidentais admirados, Abiy insistiu que a retirada de seus militares de Tigray foi planejada – a última fase de uma luta que o governo estava prestes a vencer.
Visto do chão, porém, Tigray está escorregando por entre os dedos.
Nas últimas três semanas, os lutadores Tigrayan capturaram uma ampla faixa de território; retomar a capital regional, Mekelle; Prendeu pelo menos 6.600 soldados etíopes – e afirmou ter matado cerca de três vezes mais.
A população da região de Tigray, no extremo norte da Etiópia, enfrenta fome, falta de água potável, medicamentos, saneamento básico e atrocidades sexuais em massa, alerta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Informes do último mês apontam que a região estaria à beira da fome e do genocídio.
Na última terça-feira (16), o Unicef anunciou que mais de 222 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram deslocadas internamente pela guerra entre as tropas federais etíopes e a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), que ocorre há quase três meses e meio.
“Vivendo em acampamentos lotados, crianças e famílias precisam urgentemente de comida, abrigo e água potável (…). Imunizações foram paralisadas, instalações de saúde e água foram danificadas ou destruídas e suprimentos essenciais foram saqueados”, disse o comunicado do Unicef.
MOTIVOS DE ORAÇÃO:
- ÁGUA POTÁVEL; COMIDAS QUENTES; ROUPAS E SAPATOS; CONDIÇÕES MÍNIMAS DE HIGIENE;
- CORPO DA IGREJA QUE ESTÃO PRÓXIMOS AOS IRMÃOS REFUGIADOS DESSA PESQUISA RECEBAM UM BATISMO DE AMOR – DE ANGÚSTIA PARA IMPARTIR COM ESSES O AMOR DE CRISTO;
- AS CRIANÇAS ESTEJAM PROTEGIDAS DE QUALQUER INVESTIDA DO INIMIGO CONTRA AS MESMAS – ATRAVÉS DE ABUSO FÍSICO, EMOCIONAL E SEXUAL; TRÁFICO HUMANO, PROSTITUIÇÃO;
- PROTEJA AS FAMÍLIAS;
- GOVERNO ETIOPE TENHA ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR ESSA SITUAÇÃO CAÓTICA.
Fontes:
https://www.dw.com/pt-002/de-que-fogem-os-refugiados-da-eritreia/a-19191273
https://www.acnur.org/portugues/?s=refugiados%20na%20etiopia